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Em Comum

by Cajuhina

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1.
Todo mundo fala tanto de saudade É uma palavra que se sabe em qualquer idade Só não entendo porque se valoriza tão pouco E trazem pra perto o amor tão poucas vezes... Mas de amor, amor mesmo, não vou falar Pois não adianta esses mil conceitos jogados no ar Se entram em um ouvido, saem pelo outro Não vale a pena, nem adianta gastar esforço. Essas linhas que escrevo sem objetivo nenhum Talvez com algumas pessoas, traga algo em comum: O desejo de saber de onde vêm os estragos São nossas escolhas erradas? São as pessoas erradas? E desde que eu vivo e digo que sou gente Tento imaginar algo diferente Eu quero crer que um abraço sempre vai curar tudo E que um suspiro sempre vai aliviar a tristeza. Tento aqui não ser tão dramático como de costume Cedo ou tarde, assumi a culpa que me assume Carrego os pesos como qualquer outro ser humano E nesse ponto não sou melhor... talvez pior, talvez igual. Eu poderia continuar dizendo o já esperado Mas não quero te deixar cansado Seria mais uma culpa, um problema Desses que a gente vai colecionando... Não disse e nem quero dizer nada diretamente Mas como uma pessoa inteligente Já deve ter entendido tudo. Meias palavras são as minhas favoritas. Presta mais atenção nas tuas bolsas... O que tem nelas? Tudo lá é realmente necessário? Pra onde você tá levando os fardos? E o que faz de fardo, de fato, é? Pra onde vai com toda essa tranquilidade? Vamos nos permitir um pouco de maldade! Insanidade? Ansiedade? Pouca idade? Que tal ficar nervoso por um dia? Vou continuar te mandando notícias Vou continuar não recebendo respostas... Enderecei essa carta pra muitas pessoas. Você é uma das que mereceu recebê-la. E dessa vez, só dessa vez, não se sinta especial.
2.
Azul 02:41
Eu não tinha medo do escuro Furos Já nasceram em meu quintal Foi aí que em um belo dia Sabia? Você me apareceu tão digital É que eu perco a noção do tempo Perdoa! É que eu não sei me controlar Se você tá aqui do meu ladinho, bichinho Ai ai ai, eu sinto a onda me pegar... Deixa eu nadar no nada do teu mar Deixa eu entrar na tua sala de estar Deixa eu tomar um conhaque com gelo No teu copo preferido me afogar Esse azul que você me traz, benzinho É tão bom que eu nem quero apagar Se você me pede chorando Carinho Dou sorrindo pra você não mais chorar O mundo seria tão bom se teu brilho Ficasse no lugar da luz solar Cada próton, cada elétron, cada nêutron, amorzinho Se for teu, faço questão de captar Deixa eu procurar tua agulha no palheiro No celeiro, aonde quer que você vá Deixa eu virar tua canção preferida Iludida, entrar no teu celular Deixa eu deitar em cada travisseiro Que você deita toda noite Pra sonhar...
3.
Não vou contar o que eu quis Dizer com a minha ironia O medo é meu pior amigo E melhor companhia Eu sei, não quero aceitar E ver que tudo aqui mudou Eu sei, não quero arriscar E mergulhar sem barco a vela Acendeu na escuridão Só então eu pude ter Saudade de uma coisa Que no começo eu não quis ver Eu vou de pé no chão Fazer a minha caminhada Eu vou te dar a mão Até o fim da nossa estrada REFRÃO: Que passa por todo céu de Gandhi Pintando as estrelas de verde, amarelo e azul Que cobre toda energia, honestidade, simpatia Indecência do teu corpo nu Que sobe pelas paredes do meu quarto tão confuso Quanto uma tela de Dalí Que me leva a acreditar Que cada dia que passa eu vou ser mais Dependente Do teu cheiro E te abraçar é só um pretexto Pra te olhar num close perfeito E te levar pra minha estrada... "De modo suave, você pode sacudir o mundo" (Frase de Mahatma Gandhi).
4.
Feia 04:06
Eu não sei usar salto Eu só sei falar alto Eu não gosto de rosa Prefiro azul E pouca prosa Eu não tenho cabelo longo Tô acostumada a levar tombo Eu tenho miopia E o meu grau é covardia Eu sempre soube porquê Não tenho todos os olhares Sempre pude ver Porque você me ignorou É porque eu tenho espinha E não curto rock’n’roll REFRÃO: É que eu sou feia E não uso vestido vermelho Eu sou feia E não ando com espelho Meu cabelo é bagunçado E eu não pinto a unha do pé Eu sou feia Só entende Quem também é (Repete “eu sempre soube porque”...) Não quero me submeter Ao que a minha amiga diz Eu só quero arrumar um jeito bom de ser feliz Talvez, o primeiro passo seja Dominar o frizz. REFRÃO: É que eu sou feia Não uso estampa de oncinha Eu sou feia E ainda um pouquinho gordinha Mas garanto sou cheirosa E dispenso o mal-me-quer Eu sou feia Compreende Quem também é.
5.
Xadrez 04:42
Súbita imagem Eu tentei formar Era miragem Não podia enxergar Era uma blusa Me parecia xadrez E de tão confusa Xeque-mate outra vez Não quero Ser prisioneira dos teus papos sociais Talvez me interesse Se um dólar equivale a um ou dois reais Mas não queria Essa discussão na mesa de um bar De chão xadrez Ou talvez francês Or maybe inglês REFRÃO: Não estou em condições de te dizer se quero ou não Dividir os meus segredos, meus chicletes e meus medos Mas preciso te alertar Dizer que você vai cansar Se continuar usando essa mesma blusa Xadrez Naquele bar francês Tomando um drink inglês Virando freguês Há mais de um mês.
6.
Meu Tempero 04:40
O meu tempero de vida É esperar que os dias Passem lentamente E devagar que se demorem as alegrias O meu tempero noturno É criar um mundo perfeito Como a sensação de um banho gelado E o não-frio do aconchego Me dê essa tal honra De poder descansar no teu peito De suar contigo e imaginar Um amor maior um afeto aceito REFRÃO: Como um calo aberto De sapato novo Tua paixão feriu meus pés Indo/ na bala d’agulha Guardando a fagulha Que ficou aqui... tua Por mais que eu vá Pro outro lado da rua A calçada oposta me faz lembrar Da tua voz rebelde e crua Cuidado, Eu te desejo todo o bem Mas agora já não posso te entregar Meu amuleto, meu refém... REFRÃO: Chão, céu e feridas Resumem nossas vidas Que passam e voltam ao mesmo lugar E tudo me faz convencida Que o tempero da vida Foi e sempre será Amar!
7.
Já não falas mais comigo, amor Não me procuras mais pra conversar Sei que não pensas em mim Mas eu vou até o fim Eu preciso te encontrar Aquele batom Vermelho que gostavas Uso sem parar E prendo o cabelo Em um coque alto Do jeito que gostavas de olhar A porta entreaberta Deixei com meu carinho E vou explicar: Se deixo escancarada Teu perfume vai embora Se fecho por completo A rua põe-se a falar REFRÃO: Vem, amor Só tu sabes bagunçar esse cabelo, Tirar o batom vermelho, Despir Esse corpo só consegue desejar os teus carinhos Teus abraços e beijinhos No quintal
8.
Eu desejo entender por quê Não consigo dizer o que De fato o meu coração quer Se somo dois mais dois, não sei Sumo e só pra depois, parei Não se deve corroer alguém por capricho REFRÃO: Vem, traz essa onda que eu não quis buscar E aquele samba que eu não quis ouvir Aquele abraço que eu não pude entregar Sou um tal malandro que não descobriu Em que idade ele existiu Em que lugares ele foi pra não chorar Pra não sofrer Por não saber escolher O tentar por brincar, não dá Aprender sem querer, pra quê? Se sabia que nenhum dos ‘pois’ podia ficar A moldura do meu devir Nunca pôde ser do teu olhar Muito embora a minha cabeça não vá deixar REFRÃO: De querer essa onda que eu não fui buscar Esse samba que eu quero ouvir Aquele rádio que eu não pude desligar Fui um tal malandro que não interviu Nas várias eras em que existiu E nos lugares que ele foi só pra chorar Só pra sofrer Por não saber escolher
9.
Eu não nasci Pra vir depois nos teus planos, amor Eu não vivi Até agora pra ter tua bondade Pense bem... Bondade é bem mais que ser bom É querer aprender É ter dom É olhar pra raiz dos problemas REFRÃO: Meu amor por ti requer cuidado Ele não vai querer aceitar No teu peito, o segundo lugar Ele é e se crê bem mais digno Do espaço que hoje ocupa E almeja a primeira posição Dentro do teu coração
10.
Marina 03:52
Na delicadeza dos pés de Marina Ela anda procurando algum olhar Levanta bem cedo, nem arruma a cama Bota a saia florida e sai pra dançar Planta nesse jardim Floresce pé de querubim Semente pra chuva molhar Água e sol pra descansar Tanta gente levanta, põe o pé na terra Marina é só dona do seu nariz Sobe ladeira, sustenta corpo Mas não calça a sandália como a mãe sempre diz Marina tropeça, se apoia no chão Cai entre as pedras e corta a mão Ela seca entre os dedos só por precaução Pula na mesma batida do seu coração Dias pra não correr Meses, unhas pra sobreviver Anos, calos pra enfrentar Tempo pra perder e pra ganhar
11.
Origami 03:10
Eu voei nas asas de um origami E eu era feliz Eu provei do fel Num lilás sem céu E caí num porão REFRÃO: Um sonho que eu não quero destruir A verdade que eu preciso inventar Não consigo entender porque a gente parou de voar Bem aqui no meio do nosso caminho Nosso ninho de papel se rasgou virou canção Nosso ninho de algodão virou chão Eu voei nas asas de um origami E eu era atriz Eu caí no palco Tropecei no salto E peguei na tua mão Meu amigo, meu abrigo Meu destino em tuas mãos
12.
Valsa 03:18
Se a morte não é o fim Imagina a dor que se guarda Dentro do peito Do coração É só uma chuva de verão Uma tempestade Que não me derruba Mas levanta poeira REFRÃO: Pego a mala Vou pra rua No meu quarto Toda nua Eu danço valsa A luz apagada me faz lembrar Que eu só desligava o celular Depois que você Me convencia... que me amava E são tantas pretensões Tantos riscos e bordões Que eu preciso tirar e aprender Tanto riso pra guardar Alegrias pra chorar E temer REFRÃO: Pego a bagagem Saio apressada Paro e me sento na calçada Esperando Aquela carona que não vai chegar Mas continuo a esperar Um certo par Pra dançar comigo A velha valsa

about

Em um mundo onde normalmente as bandas são formadas para depois lançarem CDs, a Cajuhina quebra padrões: o que antes seria apenas um disco sem grandes pretensões, acabou virando uma banda. Os projetos foram crescendo, os resultados cada vez melhores, gente disposta a ajudar. Tudo isso contribuiu no que a banda é e tenta ser hoje.

Com a proposta de não ter proposta, a Cajuhina, aos poucos, vai se descobrindo nesse campo tão vasto que é a música. O disco "Em Comum", que marca também o início da banda, traz uma mistura de gêneros que vão do Indie Rock ao Samba, de Jorge Ben Jor a Stevie Wonder, do Maranhão ao Rio Grande do Sul.

Para experimentar a Cajuhina, é necessário ter uma mente aberta e coração forte! São elementos que se entrelaçam e caminham, quase sempre, para o mesmo lugar. Afinal, todos temos algo EM COMUM, não é mesmo?

Agora é apertar o play e degustar essa mistura musical.

credits

released August 16, 2014

Gravação, mixagem e masterização: Casinha Music

license

Some rights reserved. Please refer to individual track pages for license info.

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about

Cajuhina Juazeiro, Brazil

Loucura e mistura são palavras que definem bem a Cajuhina. Com uma proposta de não ter proposta, a banda se aventura do indie rock ao samba, de Jorge Ben Jor a Stevie Wonder, do Maranhão ao Rio Grande do Sul. É um projeto que a cada dia se descobre - ou não - e procura trazer uma gama de sentimentos comuns nos seres humanos. O ingrediente "Cajuhina" cai bem com tu-do! Prontos para experimentar? ... more

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